Este livro analisa a trajetória do jornalista Mario Pinto Serva e busca compreender seu itinerário no campo educacional paulista das décadas de 1910 e 1920. Trata-se de um mapeamento e análise das ideias apresentadas pelo publicista em um de seus principais espaços atuação, o jornal O Estado de S. Paulo, e em seu livro A Educação Nacional, de 1924. O olhar atento a essas duas fontes permitiram a Alexandre Simão descortinar aspectos que envolvem as estratégias articuladas pelo intelectual para acessar os debates e os locais frequentados pelos educadores do período, com destaque para a Liga Nacionalista de São Paulo e os eventos da Associação Brasileira de Educação. Na trilha dessa investigação, são levantadas e respondidas questões centrais: qual a relação entre as associações cívicas e profissionais na configuração do campo educacional? Como ocorreu a aproximação entre o articulista e as figuras de destaque no cenário educacional paulista? Suas ideias e propostas estavam alinhadas aos discursos dos agentes do campo? Quais competências o articulista atribuiu às escolas, aos intelectuais e ao Estado no que se refere às políticas de instrução pública? Nesse percurso, o autor contribui para o debate acerca da configuração das identidades profissionais no campo educacional paulista durante a Primeira República (1889 -1930). Ao reforçar a importância da imprensa periódica como fonte de pesquisa, o livro também traz à tona relevantes temáticas que podem fomentar estudos posteriores sobre os intelectuais na área da História da Educação do Brasil.
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