O poeta Aragon diz: ''Basta deixar para Matisse, porque em suas mãos as coisas mais pobres e insignificantes se tornam objetos de luxo''. Aqueles olhos claros e indagadores, por trás dos óculos de professor, tinham o mesmo olhar crítico e reflexivo de Toulouse-Lautrec. Eles se voltaram para o que é raro, o que constitui um luxo. Daí o amor de Matisse pelas coisas das quais se cercava: azulejos persas, sedas orientais, cristais, tapetes finos, pássaros exóticos, mulheres de movimentos suaves e odaliscas. Nele, a pessoa e a arte têm essa atmosfera rara, quase única de harmonia com a vida.
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