Este volume anuncia, como diz o autor, “ensaios de vária lição e não muitas conseqüências”. Versam sobre diversos temas e são para o autor modos diversos de exercitar uma mesma atividade, de dar vazão a um mesmo afeto: “O afeto que me move é o mais vivo que encontro em meu coração. Ressuscitando o lindo nome que usou Espinosa, eu o chamaria amor intellectualis. Trata-se, pois, leitor, de uns ensaios de amor intelectual”. Neles o autor adota o seguinte procedimento: dado um fato — um homem, um livro, um quadro, uma paisagem, um erro, uma dor —, trata de levá-lo pelo caminho mais curto à plenitude do seu significado.
Nesta que é talvez uma de suas obras mais famosas — e a primeira que publicou —, Ortega y Gasset propõe aos leitores mais jovens que expulsem de seus ânimos todo hábito de odiosidade e aspirem fortemente à volta do amor em administrar o universo. Para fazê-lo, não faz senão apresentar-lhes sinceramente o espetáculo de um homem agitado pelo vivo afã de compreender.
Filosofia