Falar sobre as nossas questões complicadas do cotidiano, como a solidão, o medo, a vergonha, a vontade de desaparecer, a necessidade de se encontrar. A forma como tudo isso pode ser transformado através da arte. São os Medos Rabiscados.
Dividido em três arcos. Cada uma dessas partes (arcos) contém textos, em formato de prosa, poesia, prosa poética, e ilustrações.
O primeiro, Limiares, fala sobre quando estamos nos sentindo no limite e não aguentamos mais a vida ou as situações.
O segundo, Enredos, fala sobre como a arte pode nos salvar.
O terceiro, Travessias, fala sobre como estamos sempre tentando nos encontrar, em nós mesmos e no mundo.
Os textos conversam entre si, e os arcos formam juntos uma narrativa singular.
(...) Ela não está preocupada em ser do jeito que esperam que seja. Ela mesma anuncia “Não sou como todo mundo”. E, de fato, a autora teve a coragem de construir um livro híbrido que une crônica e poesia, que exalta o cotidiano, que enaltece os detalhes, que critica e ironiza a vida, os humanos, às vezes, a si mesma. Coragem é a palavra para definir este livro e a literatura de Sofia Osório, uma autora contemporânea que veio para ficar.
Vanessa Passos, no Prefácio da obra
em seu primeiro livro, sofia rabisca a história de uma menina que poderia ser de qualquer uma de nós. relatos de angústia, medo, dúvidas, mas principalmente, de resiliência. apesar do terror, sofia insiste em escrever. dialoga com as leitoras sobre as possibilidades da sua escrita. nomeia o medo para enfraquecê-lo. em medos rabiscados, sofia transforma os problemas em narrativa. transgride as normas da literatura convencional e transita anfíbia entre a prosa e a poesia, nos convidando a escrevinhar junto com ela.
Dia Nobre, escritora
Crônicas / Poemas, poesias