Nesta obra, Costa Lima recupera as acepções históricas e filosóficas da melancolia para estabelecer a articulação desse estado afetivo com a literatura. No percurso dessa investigação, o autor reconhece a condição de “criatura carente” no caráter humano – pathos da melancolia no discurso ficcional e plástico. Com essa tese, o ensaísta irradia sua análise para traços peculiares da produção de dois escritores decisivos da literatura moderna ocidental: o tcheco Franz Kafka e o irlandês Samuel Beckett. Ao fazer esse mapeamento extenso, estudado ora teórica ora textualmente, Costa Lima aponta como a experiência melancólica, na cultura ocidental, afetou de diferentes modos as diversas expressões do pensamento e das artes.
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