Dono de um estilo peculiar que agrada o leitor pela leveza e pelo requinte, Zuenir Ventura consegue transpor para as suas crônicas um tom jornalístico. Não é à toa que como jornalista ele detém alguns dos mais importantes prêmios como o Esso de Jornalismo e o Wladimir Herzog.
"A impressão geral que se colhe da leitura destas crônicas é que a palavra cronista se alimenta espontaneamente de outras duas vozes: a do repórter e a do cidadão comum. Os olhos e os ouvidos do repórter o antenam com os fatos, mas é de corpo inteiro que o cidadão assimila o mundo, mergulha no núcleo de certas experiências e, com o faro afiado de repórter e a hábil ferramenta do cronista lhes descobre - se é o caso - o matiz lírico ou dramático, e extrai delas a lição que, mesmo sendo sofrida, jamais é pessimista. A escrita que resulta daí é um modelo de harmonia entre o uso culto padrão e a variedade coloquial brasileira".
Crônicas / Literatura Brasileira