Faltava escrever apenas um capítulo de suas memórias quando Graciliano Ramos faleceu, em 1953. Apesar de inacabado, o livro foi publicado de forma póstuma, originalmente em quatro volumes, com uma “Explicação final” de Ricardo Ramos fazendo as vezes de conclusão, e logo tornou-se o maior sucesso do autor — já renomado, mas pouco lido pelo público em geral.
Graciliano Ramos foi preso em Maceió, em março de 1936, e ficou detido, sem acusação formal, passando por prisões em Recife e no Rio de Janeiro, até ser libertado em janeiro de 1937, um dos mais ilustres prisioneiros vitimados pela repressão do governo Vargas. Testemunho político de alto nível literário, as Memórias do cárcere reafirmam a qualidade excepcional da escrita de um dos maiores escritores brasileiros.
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