Entre novembro de 1998 e março de 2000, o antropólogo e professor Luiz Eduardo soares esteve no front da segurança pública do estado do Rio de Janeiro, como membro do staff do governador Anthony Garotinho. Ao aceitar a integrar uma equipe de governo, encarou o desafio de estender para outros âmbitos o compromisso ético que marcava seu sólido trabalho intelectual. Havia a possibilidade de pôr em prática uma forma eficiente de combater a criminalidade, de enfrentar a violência que degrada espaços urbanos e nossa condição de cidadãos. Este é o relato dessa experiência, sobre as armadilhas da política e as armas invisíveis da policia, sobre a tirania do tráfico de drogas e armas, sobre a ineficiência do poder público no combate ao crime. Aliado à descrição e análise de projetos inovadores, o testemunho do autor proporciona aos leitores um encontro original com as engrenagens que ligam o crime à ordem institucionalizada.