Com a simplicidade de sua fala, a aparente fragmentação e desordem de seu relato e a quase ingenuidade com que redescobre, com a esperiência de sua vida, os academicamente tão conhecidos mecanismos de discriminação, exploração e opressão entre homens e homens, Rigoberta consegue fazer renasce, na alma mais cética e calejada, uma saudável indignação contra a desigualdade e o desamor que imperam no mundo e, de maneira marcante e tão dolorosa na América Latina.