Mortes imaginárias é uma reunião de ensaios que pode ser lida não como uma galeria de biografias, mas como “uma espécie-fantasma”, um novo gênero literário. Se na biografia trata-se da vida, aqui o tema será a morte. De tantas palavras ditas pelos escritores, Michel Schneider, estudioso de psicanálise e literatura, elege aquelas que na iminência da morte surgiram como últimos registros da vida de trinta e seis escritores de importância universal. Não pretende, contudo, emplacar a tese de que as últimas palavras revelam mais do que as proferidas em vida; antes, considera que a morte, sendo uma perda absoluta ― e portanto comum a todos ―, pode revelar aquilo que de mais universal havia na vida e na obra de seus retratados.
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