Chamavam-se Inessa, Clara, Nadia, Magda, Felismina, Jiang Qing, Elena, Catherine… E eles Lenine, Mussolini, Estaline, Hitler, Salazar, Mao, Ceausescu, Bokassa. Prostitutas ou mulheres da alta burguesia intelectual, paixões fugazes ou amores intensos, eles maltratavam ou adoravam-nas, mas, sistematicamente, voltavam para os seus braços. Esposas, companheiras, musas, admiradoras, todas têm em comum o facto de terem sido vencedoras, enganadas e sacrificadas. Aos seus homens cruéis, violentos, tiranos e infiéis, faziam crer que eram belos, charmosos e todo-poderosos. Sendo a virilidade um dos alicerces do poder absoluto, os ditadores sentiam a necessidade de juntar figuras femininas ao imaginário de poder e domínio que criaram. E assim controlando-os na sombra, por vezes, até à morte, como se vivessem sob a égide de um Pigmaleão.
Diane Ducret relata em detalhe os momentos, as estratégias de sedução, os casos amorosos, as intervenções políticas e os destinos diversos, ocasionalmente trágicos, das mulheres que cruzaram o caminho ou passaram pelo leito dos ditadores.
História