Quem nunca brincou dentro de uma caixa de papelão? É exatamente isto que faz o protagonista de Não é uma caixa: solta a criatividade e embarca em infinitas aventuras a bordo deste objeto “banal” – assim pensam as pessoas pouco inventivas. Num jogo divertido, ele é indagado a cada página sobre o que está fazendo com certa caixa de papelão. E, claro,sempre responde: "não é uma caixa". É quando a ilustração revela o que na verdade a caixa representa para ele. Aqui, a brincadeira começa na capa, com o sinal de “este lado para cima” e outros símbolos comuns em caixas de papelão, além de orelhas que envolvem o próprio livro. Paulo Tatit, músico e autor de canções do selo Palavra Cantada, comenta no texto de quarta capa o contraste entre o mundo infantil e o mundo sério da maturidade. Porque “à medida que crescemos, uma caixa vai se tornando apenas uma caixa. Mas nunca perdemos a capacidade de voltar a sentir, ainda que por alguns minutinhos, aquele delicioso faz de conta”. Para crianças e adultos pensarem – e viverem –além da caixa.
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