Às vésperas do aniversário de quinhentos anos do Descobrimento do Brasil, pouca atenção tem sido dispensada ao principal responsável por toda essa festa. Pedro Álvares Cabral ainda é para muitos o mais ilustre desconhecido da história do Brasil. Mas Nau capitânia, do jornalista Walter Galvani, preenche essa lacuna, desvenda segredos e apresenta curiosidades sobre o descobridor do nosso país. Depois de ter lido mais de trezentos livros e de cinco anos de pesquisa, Galvani realizou a primeira biografia de Cabral. Para tanto, viajou durante seis meses por Portugal e vasculhou arquivos importantes como o da Torre do Tombo, o Ultramarino, o da Universidade de Coimbra, além de outros na França, Itália e Espanha.
Comandante da maior frota organizada pelo governo de Portugal para explorar os mares, Cabral tinha sob sua responsabilidade catorze navios e 1.500 homens. Foi o único navegador português a viajar pelos quatro continentes numa expedição, que acabou estabelecendo a rota comercial entre Portugal e a Ásia — que traria vantagens tão grandes aos portugueses que a então Ilha de Vera Cruz seria esquecida por várias décadas. Apesar de a Rota das Índias ter sido descoberta por Vasco da Gama, foi Cabral que a tornou lucrativa.
História