O último livro do intelectual e dirigente comunista Lucio Magri, falecido em novembro de 2011, aos 79 anos, reúne quase todos os temas de seus escritos anteriores em um único e poderoso testemunho. Magri, um dos fundadores do jornal italiano Il Manifesto, relata como o Partido Comunista Italiano (PCI) surgiu e declinou, em meio a mudanças na estrutura da economia e da sociedade, levantes sociais e políticos, colisões ideológicas e internacionais, até o esgotamento final de seu ímpeto. Um documento estratégico esboçado pelo autor em 1987, antes do colapso do partido, encerra o livro como uma indicação das possíveis alternativas de uma historia ainda incompleta. Da famosa balada de Brecht, “O alfaiate de Ulm”, Magri extrai a orientação histórica para repensar o comunismo, que, como a história real da modernidade capitalista, não será linear, tampouco unicamente progressiva, mas dramática e onerosa.
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