Mais do que um documento da nossa história, encontramos nestas páginas o primeiro registro de um brasileiro
que teve a coragem e sensibilidade de perceber o que de fato acontecia, quando da instalação de um Regime de
Exceção que se prolongou no país por mais de vinte anos (1964-1985).
As crônicas, publicadas no jornal Correio da Manhã, por Carlos Heitor Cony, a partir do dia 2 de abril de 1964,
propagam um sonoro NÃO à arbitrariedade e à violência vigentes.
Figura de resistência, Cony, sem dúvida, ultrapassou o relato, a condição de jornalista, e marcou seu nome como
arauto e humanista, numa época “sombria” da nossa história em que muito poucos conseguiram enxergar com
clarividência o regresso que o país cometia e a necessidade do brado imediato.
A primeira edição de O ato e o fato, publicada em 1964, teve tiragem esgotada logo após seu lançamento. O livro
é, desde sua publicação, uma referência no mercado editorial brasileiro.
História do Brasil