"A arte do cinema e a indústria do filme são apenas as partes que emergem à nossa consciência de um fenômeno que devemos tentar apreender em sua plenitude. Mas a parte submersa, essa evidência obscura, confunde-se com nossa própria substância humana, ela mesma evidente e obscura, como o batimento do nosso coração, as paixões da nossa alma." Edgar Morin. Em nossa sociedade considerada racional, uma máquina criada para reproduzir o real foi apropriada pela ficção e pelo mito: assim nasce o cinema.
É essa história fabulosa que Morin aborda neste livro. Mantendo sempre a indagação, o espanto, o deslumbramento, ele busca sentir aquilo que sentiram os espectadores das primeiras apresentações dos Lumière, dos primeiros filmes de Méliès. Mas não é apenas com a máquina de captar e projetar imagens que ele se espanta, é também com nossa máquina mental, eterno mistério da ciência.
Sociologia