Um amor inusitado. Sem amarras. Desenfreado. Um amor que a tirava do chão.
John o seu cliente, que a tornou exclusiva. John que tinha covinhas no queixo quando sorria.
E ele tinha uma família linda a quem amava,
John o cliente. Antônia a prostituta.
E uma hora isso não ia acabar bem!
Os últimos acontecimentos foram tensos. Uma tentativa de suicídio de Antônia que por muito pouco não acabara em uma grande tragédia.
Ele a procurou depois de tudo. Assustado e visivelmente abalado.
[...] Ele finalmente a virou delicadamente de frente para ele e com a voz rouca, embargada pela profunda emoção de vê-la sobreviver ao que poderia ter sido uma tragédia acariciou seu rosto pálido e finalmente quebrou o silêncio:
– Rachel (nome que ela utilizava na agência e pelo qual a conheceu), eu estou muito triste com tudo isso! Acho que eu não deveria ter te falado as coisas daquela forma. Sei o quanto foi devastador para você. Para mim também está difícil...
Ela deu de ombros, como a dizer que aquilo não era relevante. Ele ia embora para sempre. Não existem modos suaves de matar uma pessoa. Mesmo que fosse lenta ou suave morte era morte e pronto. E ela se sentia assim: morta! John, o destino ou a vida estavam lhe cravando um punhal no peito e estava doendo. Morrer seria só a consequência do terrível golpe.
Ela não queria falar. Estava magoada. Não era um bom momento para aquela conversa.
– Am..., John podemos falar sobre isso outra hora? Ninguém sabe de nada aqui em casa. Para todos os efeitos eu tive uma bebedeira. Não quero deixá-los preocupados. Você pode ir agora. Como já pode constatar estou vivinha.
Antônia Amava John que amava a família, amava a carreira. E Antônia? O deixava louco entre os lençóis.
Mas não louco o suficiente para abandonar uma carreira promissora e a sua amada familia.
E ela descobrirá isso do jeito mais doloroso possível!
Romance