"Ele não era mais doido do que as outras pessoas do mundo, mas as outras pessoas do mundo insistiam em dizer que ele era doido.
Depois que se apaixonou por uma garrafa de plástico de se carregar na bicicleta e passou a andar sempre com ela pendurada na cintura, virou o Doido da Garrafa.
O Doido da Garrafa fazia passarinhos de papel como ninguém, mas era especialista mesmo em construir barquinhos com palitos."
As doidices do cotidiano, as patologias amorosas e os labirintos do pensamento.
O que é comum a todos e considerado anormal por muitos em crônicas construídas com palavras que, quando combinadas, causam voltas que se reviram e nos emocionam.
Coisas de Adriana Falcão.