Depois de "Inteligência Emocional", Goleman lança "O Espírito Criativo", um
livro que revela a importância da criatividade na qualidade de vida e do trabalho
Em seu mais recente best-seller, Inteligência Emocional, um fenômeno de vendas em todo o mundo, Daniel Goleman introduziu um novo conceito nas relações profissionais. A partir das idéias de Goleman, executivos de todo o mundo passaram a adotar uma nova postura de trabalho, incorporando novos valores no campo profissional e em sua vida pessoal.
Agora, a Editora Cultrix está lançando no Brasil O Espírito Criativo, novo livro de Goleman, escrito em parceria com Paul Kaufman e Michel Ray. A obra traz à tona, a partir de exemplos práticos e experiências verídicas, a importância da criatividade na qualidade de vida e no trabalho.
Desta vez, Goleman e seus parceiros levam o leitor a uma viagem através de sua criatividade, estimulando a intuição, persistência e disposição de correr riscos, presentes em cada um. Os autores explicam que a criatividade pode ser cultivada por todos -- crianças, adultos, empresas e comunidades inteiras.
Além disso, o livro apresenta exercícios práticos que ensinam o leitor a liberar o seu espírito criativo em qualquer situação do cotidiano, além de eliminar hábitos preconceituosos de pensamento e o bloqueio da autocrítica, que limita a iniciativa.
Viajando ao redor do mundo, Goleman, Kaufman e Ray exploram as idéias de pensadores pioneiros - como Howard Gardner, da Universidade de Harvard, cuja teoria das "inteligências múltiplas" vem revolucionando a maneira com que os pais educam seus filhos. Aplicando essa teoria, os pais ajudam os filhos a descobrir seus interesses, estimulando a imaginação fértil da criança.
Para apresentar essa teoria, os autores descrevem uma classe de pré-escola que teve a oportunidade de conhecer em uma visita à Itália. Criada para expor os alunos a uma série de projetos criativos, a escola proporciona um ensino muito além do limitado currículo escolar tradicional, utilizando-se do lema "nada sem alegria".
Já no campo profissional, os autores apresentam diversos exemplos práticos de empresários que incentivam a criatividade de seus funcionários. Entre eles destaca-se um método desenvolvido por um empresário sueco que livrou-se das designações restritivas de cargo, da gerência hierárquica e dos segredos financeiros, com o objetivo de colocar nas mãos dos empregados a responsabilidade final pelas inovações e soluções de problemas.
Goleman, Kaufman e Ray também descrevem exemplos mais ousados, como a de uma empresa americana que leva seus funcionários para uma corrida de obstáculos no campo, na certeza de que, de volta ao trabalho, todos terão aprendido a confiar uns nos outros e assim, assumir riscos criativos.
Ao longo de sua obra, os autores apresentam sugestões para permitir que o espírito criativo penetre na vida de cada um. Ao ser despertado, o espírito criativo estimula o desejo de inovar, de explorar novas formas de fazer as coisas e de transformar sonhos em realidade.
Registros indicam que as pessoas mais criativas cometem mais erros do que as pessoas de pouca imaginação. Isso não significa que elas sejam menos eficientes, elas simplesmente fazem maior número de tentativas que as outras, têm mais idéias, analisam mais possibilidades, geram mais esquemas. Às vezes ganham, às vezes perdem.
Um exemplo fictício, mas que se parece muito com cada um de nós é Wile E. Coyote, criado pelo lendário desenhista Chuck Jones. Em todos os capítulos do desenho, o Coyote prepara as armadilhas mais criativas para capturar o veloz personagem Papaléguas. No entanto, sempre é derrotado. O fato de continuar tentando alcançar seu objetivo, superando as barreiras que surgem em seu caminho, faz do Coyote o animal mais admirado em todo o mundo.
Os escritores explicam que os momentos criativos são importantes para tudo o que fazemos, em todas as esferas da vida - relacionamentos, família, trabalho e comunidade. A partir daí, o livro aprasenta a anatomia do momento criativo, investigando a essência da criatividade.
"Quando vamos além das formas tradicionais de resolver problemas, obtendo um sucesso capaz de influenciar outras pessoas, nossa criatividade assume dimensão social importantíssima." (Daniel Goleman)