Em "O fotográfico, Rosalind" Krauss ataca a fotografia. Primeiro, demonstra que é errôneo pensar a fotografia a partir dos critérios históricos e taxinômicos que são utilizados na pintura (o universo da fotografia é o do arquivo, não o do museu, e é impossível entender a obra de Atget se antes não se leva em consideração este fato). Segundo momento lógico: define a fotografia como um campo artístico específico. A refutação da flutuante categoria de estilo mediante a intervenção da noção de escritura permite uma reelaboração estratégica e funcional da produção fotográfica do século XX; a "nova objetividade" da Bauhaus e a "beleza convulsiva" do surrealismo adquirem, a partir desse momento, sentido uma em relação à outra. Terceiro momento lógico, e sem dúvida o mais importante: a fotografia passa a ser um modelo teórico ou chave de leitura que perde seu caráter empírico, pois permite uma reflexão crítica sobre determinados movimentos do século XX cuja análise realizada desde o aspecto pictórico havia resultado estéril.