Tanto por advogar pela ciência contra a religião, dentro e fora da própria instituição psicanalítica, como também contra a ideologia, em 1928, O futuro de uma ilusão causou controvérsia quando foi publicado. Nele, o autor reflete sobre a incompatibilidade das premissas da ciência com as da religião, e pela sua objetividade, a psicanálise pode se considerada uma ciência. O que não se aplica à religião, que se aproxima mais da “ilusão” citada no título. São declarações polêmicas, e este livro conclui, precisamente, com uma delas: “não, nossa ciência não é uma ilusão”.
“Em que medida a civilização é construída sobre a renúncia às pulsões, até onde ela tem como pressuposto justamente a não satisfação (a opressão, a repressão, ou algo assim) de pulsões poderosas?” Essa pergunta de Freud resume o teor deste texto que ele chamou de O mal-estar na civilização, em que ele analisa o choque entre as expectativas, desejos e pulsões do indivíduo na sociedade e as imposições da civilização. É uma das obras mais importantes do autor, escrita em 1929 e publicada em 1930, e faz parte de uma trilogia em que ele estabelece uma relação entre os elementos de uma teoria da consciência e uma teoria social. As outras duas são O futuro de uma ilusão e Moisés e o monoteísmo , que serão publicadas em breve pela editora Martin Claret.
Psicologia