"Mais uma explosão se deu no público. As pessoas haviam ensaiado coreografias e, de um lado para outro, saltitavam como macacos famintos no picadeiro. Muitos com as caras pintadas de verde e amarelo. Um menino com cerca de sete anos estava sobre os ombros do pai. O rosto branco enrubesceu sob a luz do sol. A cada grito de ordem era possível ver uma veia saltando de seu pescoço. O suor escorria pelo cabelo louro e se acumulava na nuca. Ele tinha os punhos cerrados e a boca espumava de ódio. Como um boneco de carnaval, bailava entre os camisas amarelas. Uma nova geração. Uma semente do mal germinando em terreno fértil."
Ficção