Um dos maiores clássicos para o estudo da Europa renascentista, Heller coloca como as estruturas socioeconômicas em desenvolvimento da Idade Moderna modificaram a forma de pensar e agir dos seres humanos do seu tempo, romperam com a noção estática do aristotelismo e do tomismo, apresentando o Renascimento como um processo total de transformações sociais: na economia, na cultura, religião, ética, moral, ciências e costumes.
A principal noção trazida pelo Renascimento é a do homem criador, da imanência (tudo é passível de compreensão humana), do rompimento da comunidade medieval num processo onde se misturam inspirações clássicas e igualdade cristã. O Renascimento é produto do mundo burguês e das transformações que realiza, mesmo não sendo tomado como ideologia de classe pelo referido grupo, iniciando uma construção de visão de mundo que se estenderia até o Iluminismo. O Homem do Renascimento é o que vê um horizonte novo de possibilidades em um mundo conectado pelas rotas comerciais, por onde fluem além de mercadorias, invenções, técnicas, informações e conhecimentos.
História