Um verdadeiro clássico da ficção científica que nos faz confrontar com a imagem que temos de nós, humanos, quando pensamos no nosso lugar na terra.
Thomas Jerome Newton vem de Anthea para a Terra numa missão desesperada: salvar os poucos habitantes que ficaram no seu longínquo e desconhecido planeta. O primeiro passo é construir, aqui, uma nave que traga os 300 seres da sua espécie de um planeta sem água - e onde os outros recursos são cada vez mais escassos - para a Terra.
Com uma inteligência bastante superior à dos humanos, Newton torna-se rapidamente um empresário muito bem-sucedido, na área das patentes tecnológicas, mas descobre também a solidão, a ausência de esperança e o álcool. Esta imagem do ser extraterrestre confrontado com o lado mais humano da vida na Terra oferece-nos uma finíssima parábola da década de 1950, do início da Guerra Fria e das mudanças que o mundo enfrentava nesses anos de extraordinária viragem.
A força da escrita e a tensão poética desta delicada história permitiram fazer de O Homem Que Caiu na Terra - adaptado ao cinema em 1963, por Nicolas Roeg, com David Bowie a estrear-se no grande ecrã como protagonista - uma das ficções científicas mais realistas de sempre, uma metáfora perfeita da angústia e da solidão existenciais da espécie humana.
Ficção científica