O homem que foi três vezes papa oferece ao leitor um belíssimo exemplo de como a história é imprescindível para compreender os problemas do presente. É o que Leandro Rust oferece ao construir uma narrativa apoiada nas evidências documentais que, ao longo de séculos, registraram o(s) pontificado(s) daquele que ficaria na memória como o papa mais corrupto de todos os tempos: Bento IX. Demonstra como os atores históricos sempre falam de seu presente por meio do passado; como os relatos sobre esse papa foram sendo moldados ao longo do tempo, para responder a diversas agendas e necessidades sociais e políticas. Uma leitura que nos permite entender os desafios de explicar o problema da corrupção, ainda hoje. Maria Filomena Coelho/Universidade de Brasília
História