A terapeuta Victoria Vick é contatada por um homem que acredita viver uma situação ímpar e exige que suas sessões se deem por telefone. Ela aceita, mas, com o avançar das conversas, ele se revela um homem enigmático, o que a faz se convencer de que ele está delirando. Y____, como ela decide chamá-lo, é um homem inteligente, bem-educado e culto, e alega ser um cientista que vem utilizando uma tecnologia de camuflagem. Ele afirma que é impossível para qualquer pessoa vê-lo enquanto usa o traje que desenvolveu, mas foge do termo “invisibilidade”.
A um só tempo lúcido, tenso e divertido, o romance O homem visível, de Chuck Klosterman, trata de diversos temas da modernidade – como a importância da cultura, a influência da mídia, o voyeurismo e a contradição existente em ser uma pessoa considerada “normal”. Quando publicado nos Estados Unidos fez enorme sucesso, sendo aclamado pela crítica e pelos leitores.
Mais do que um romance sobre um homem com uma possível habilidade especial, O homem visível analisa dois lados de uma mesma história: as atitudes das pessoas quando não estão sendo vistas, e a conduta ética de quem está observando sem ser visto. Klosterman criou um paralelismo entre o voyeurismo e desejo ardente de assistir o sofrimento alheio, ambos presentes tanto no livro quanto na sociedade.
No fim, o livro fará o leitor refletir: é possível alguém se tornar invisível aos olhos de uma sociedade que busca cada vez mais descobrir, neste mundo midiático e repleto de informação, o que se passa na vida alheia?