“A cabeça da minha geração foi moldada na supressão e na mutilação. Autores, livros, idéias, fatos eram selecionados segundo um recorte prévio destinado a confirmar o discurso pronto”. O quarto volume da série O que restou do Imbecil se compõe de todos os artigos que Olavo de Carvalho publicou no ano de 2001, cujo acontecimento mais marcante foi, sem dúvida, o ataque às torres gêmeas do World Trade Center. Além dele, o autor narra também o avanço, no Brasil, tanto do comunismo como da Nova Ordem Mundial, servindo-se dos eventos sempre como pretexto para explicitar princípios cognitivos, éticos e políticos, e posicionando-os num quadro mais amplo da história — expediente este que, segundo ele, estava em extinção na “classe falante” do Brasil, que, em vez disso, prefere zurrar de sua cátedra: “Nunca ouvi falar; logo, você está errado”. É esse ilustre personagem coletivo, batizado de “irracional superior”, que empresta agora seu nome ao livro no qual se verá descrito. “Tal personagem já está entre nós. Converse dois minutos com ele e emburre para sempre”.
Filosofia