O livro situa, inicialmente, a cantora de sambas e marchinhas, Carmem Miranda, na discussão que se estabelecia na década de 30 sobre música e identidade nacional. Nesse período, em que os meios de comunicação tiveram um importante papel na construção e difusão de uma unidade imaginada, Tânia Garcia analisa as tensões em torno da canção popular carioca, veiculada pelo rádio e pelo cinema como a canção popular nacional, e da figura de Carmen Miranda, nomeada pela imprensa escrita da época como cantora do it verde e amarelo. Ainda dentro da atmosfera nacionalista do período, a autora procura desvendar de que maneira a baiana estilizada, criada por Carmen no Brasil para o filme musical 'Banana da Terra', ao emigrar para os Estados Unidos, se torna em Hollywood um símbolo da identidade nacional e latino-americana.
História / História do Brasil