“Este livro trata da personalidade melancólica, que chamo de ‘agridoce’: a tendência a estados de nostalgia, pungência e tristeza; uma consciência aguçada da passagem do tempo; e uma alegria curiosamente intensa diante da beleza do mundo.
O caráter agridoce das coisas também se refere ao reconhecimento de que luz e escuridão, nascimento e morte, amargura e doçura estão para sempre unidos. Mas o que isso significa, exatamente?
Passei anos pesquisando essa questão, seguindo uma trilha deixada por artistas, escritores, pensadores, psicólogos, cientistas e até analistas da área de administração.
Concluí que o caráter agridoce não é apenas um sentimento momentâneo. É um modo de ser, uma resposta autêntica ao problema de estar vivo em um mundo profundamente imperfeito e teimosamente belo.
Acima de tudo, o agridoce nos mostra como responder à dor: reconhecendo-a e tentando transformá-la em arte, em cura, inovação ou qualquer outra coisa capaz de nutrir a alma.
Se não elaborarmos nossas tristezas e anseios, podemos acabar impondo-os aos outros por meio de maus-tratos, dominação, negligência. Mas se percebemos que todos os humanos conhecem a perda e o sofrimento, podemos nos voltar uns para os outros.
Essa ideia – de transformar a dor em criatividade, transcendência e amor – é a essência deste livro.” – Susan Cain
Autoajuda / Literatura Estrangeira / Não-ficção