"O Leopardo" é um clássico da literatura italiana da primeira metade do século XX, subordinado a um tema que se tornou particularmente caro aos habitantes do continente europeu, em virtude das convulsões sociais e políticas que acompanharam a transição do século XIX para o século XX, sobretudo com a desagregação de impérios como o dos Habsburgos ou dos Bourbons.
O caso italiano é disso um expoente máximo por ser constituído, na altura e por um aglomerado de pequenos principados ou mini-repúblicas, isto é uma península dividida em cidades-estado, disputando o poder entre si e disputadas por potências imperiais vizinhas.
Romance histórico situado na segunda metade do século XIX, "O Leopardo" conta a fascinante história de uma aristocracia siciliana decadente e moribunda durante o "Risorgimento", ameaçada pela aproximação da revolução e da democracia.
O enredo dramático e a riqueza dos comentários, o contínuo entrelaçar de mundos públicos e privados e, sobretudo, a compreensão da fragilidade humana impregnam "O Leopardo" de uma particular beleza melancólica e de um raro poder lírico, fazendo dele uma das obras primas da literatura o séc. XX, imperdível para os amantes da boa leitura!
Em 1959, foi-lhe atribuído o Prémio Strega e, em 1963, foi imortalizado no cinema por Luchino Visconti, com Burt Lancaster, Alain Delon e Claudia Cardinale nos principais papéis.
Ficção