Segundo volume da saga de A Torre Negra em formato HQ, O longo caminho para casa dá sequência à aventura narrada em Nasce o Pistoleiro.
A adaptação do texto para a versão em quadrinhos ficou aos cuidados dos mesmos nomes por trás do primeiro volume; os consagrados Peter David e Robin Furth (autora de The Dark Tower: A Concordance) e as ilustrações ficaram a cargo dos quadrinistas Jae Lee e Richard Isanove.
Em Nasce o Pistoleiro, o leitor é apresentado ao personagem Roland Deschain, último descendente do clã de Gilead, e derradeiro representante de uma linhagem de pistoleiros implacáveis, desaparecida desde que o Mundo Médio, onde viviam, "seguiu adiante". Para evitar a completa destruição desse mundo já vazio e moribundo, Roland precisa alcançar a Torre Negra, eixo do qual depende todo o tempo e todo o espaço, e verdadeira obsessão para Roland, seu Cálice Sagrado, sua única razão de viver.
Agora em O longo caminho para casa, Susan Delgado está morta e Roland Deschain e os outros membros do ka-tet, Alain Johns e Cuthbert Allgood, escaparam. Clay Reynolds e os remanescentes dos Caçadores do Grande Caixão estão à caça dos três, que se separaram enquanto o mal se espalha. Será longo o caminho de volta para Gilead mas enquanto Alain e Cuthbert precisam escapar de uma turba furiosa, Roland, em coma, embarca em uma jornada particular numa realidade muito distante da sua, em que as forças sombrias tentam se apoderar de sua alma.
O pistoleiro acredita que um misterioso personagem, a quem se refere como o homem de preto, conhece e pode revelar segredos capazes de ajudá-lo em sua busca pela Torre Negra, e por isso o persegue sem descanso. Pelo caminho, encontra pessoas que pertencem a seu ka-tet - ou seja, cujo destino está irremediavelmente ligado ao seu. Entre eles estão Alice, uma mulher que Roland encontra na desolada cidade de Tull, e Jake Chambers, um menino que foi transportado para o mundo de Roland depois de morrer em circunstâncias trágicas na Nova York de 1977. Mas a aventura se estenderá para outros lugares muito além do Mundo Médio, levando Roland a realidades que ele jamais sonhara existir.
Para Robin Furth, responsável pela adaptação do texto, uma das maiores dificuldades no processo de edição do livro foi manter-se fiel ao trabalho original. "O universo de A Torre Negra é gigantesco e foi preciso condensá-lo ao máximo, o que ao mesmo tempo era assustador e estimulante. Me lembro quando Stephen viu pela primeira vez os desenhos do Jae e sua expressão parecia dizer ‘alguém invadiu minha imaginação e deu vida ao que antes existia exclusivamente aqui dentro'. Foi um momento marcante".
Furth conta ainda que o sucesso do projeto se deve, fundamentalmente, à liberdade dada por Stephen King para a adaptação dos textos. "Steve nos deu todo apoio. Recriar Roland foi um desafio; o personagem tem uma personalidade tão forte que é praticamente um ser humano. Eu cheguei até sonhar com ele, uma ou duas vezes, e quase pude jurar que vi o cara parado atrás de mim enquanto escrevia! Mas sem brincadeiras; mesmo quando a gente escreve sobre alguém que conhece bem, cada pessoa enxerga o outro em perspectiva. Contanto que Stephen acredite no personagem que compomos, pra mim está tudo bem. Ficamos de dedos cruzados para que os fãs também acreditem."
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