Segundo a opinião generalizada, a Idade Média teria sido uma época de trevas, injusta e bárbara, encaixada entre os séculos gloriosos da Antiguidade e do Renascimento. Dessa convicção nos dá conta o linguajar quotidiano, que fala, por exemplo, em «regresso dos tempos medievais» a propósito de tudo o que de negativo acontece nos nossos dias.
É a essa ideia apriorística que se pode com razão chamar o mito da Idade Média. E é esse mito que este livro destrói, deitando por terra o duplo preconceito segundo o qual a Idade Média formaria um todo homogéneo e seria a grande noite da civilização. Numa linguagem séria e desenvolta, onde a ironia vai de par com a erudição.
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