Esta obra procura desconstruir equívocos e preconceitos que associam os árabes ao fanatismo, ao atraso e ao bárbaro. A análise feita objetiva revelar outro universo - culto, dinâmico, aberto aos mares longínquos, que valoriza a escrita, o convívio harmônico entre campo e cidade e o conhecimento. Fruto de pesquisa acadêmica da autora, o recorte temático teve por base a categoria de espaço. Partindo do pressuposto de que a noção de espaço é constituída e constituinte das relações sociais e da própria cultura árabe, a historiadora mostra como o campo do religioso islâmico fornece os elementos básicos para a ordenação e representação espacial. A noção de pertencimento estrutura-se, neste universo, à estreita relação mundo civilizado/mundo urbano e hierarquiza-se a partir de um ponto de referência sacralizado - Meca.
História / História Geral