Muitas pessoas desejam, com veemência até, acreditar na existência de fadas. A Gente Pequena está tão ligada às felizes recordações da infância que essas lembranças a deliciam como parte de um mundo menos materialista. Mas, para a maioria de nós, as fadas permanecem como uma ilusão perdida. Eu, entre outros, tenho visto toda espécie de fadas, até onde minha memória alcança, e ainda as vejo diariamente. Por vê-las entendo que elas estão fora de mim, como as árvores, por exemplo, e são vistas com a mesma objetividade.
Nas páginas deste livro eu me proponho a transformar esses adoráveis seres numa realidade igual à minha. Mas é melhor, logo de início, deixar bem claro qual o motivo das vantagens que tenho para tanto. Em primeiro lugar, tendo nascido no Oriente, nunca fui desencorajada em minhas observações sobre fadas, porque lá existem muitas pessoas que realmente as vêem, e muitas mais que nelas acreditam.
Por essas e por outras razões, o poder de vê-las que não é incomum em crianças, persistiu em mim. Depois, tive a sorte de nascer numa família e viver entre amigos que incluíam algumas pessoas que também podiam vê-las; por fim, as viagens aumentaram essa lista de vantagens. Portanto, o que vou relatar aqui não é o fruto da imaginação de uma criança isolada. É informação reunida em muitos contactos e conversas com fadas durantes anos a fio, em circunstâncias perfeitamente narurais, apesar de nada comuns.
Fantasia