Lançado em 1966, este impressionante libelo contra o retrocesso demonstra que o nosso subdesenvolvimento se configura dentro de um modelo que concilia estatismo e sistema eleitoral, com as diversas ideias arquetípicas de bondades expressas na ideologia do coitadismo, pano de fundo das bondades eleitoreiras e dos déficits financeiros astronômicos.
'O País dos Coitadinhos’ representa uma visão de Brasil que serve para os políticos, estatistas, nacionalistas, sindicalistas, comunistas e aqueles empresários que se revezam na sucção do inebriante dinheiro do empreendedorismo de cartas marcadas que cerca as instâncias governamentais.
Enfim, um livro maldito, daí seu completo obscurecimento nos círculos acadêmicos. Lendo suas páginas, somos tocados imediatamente pela linguagem rebuscada, pelas metáforas brilhantes, pela utilização recorrente de todo o campo semântico de uma ideia, recurso ademais comum no campo publicitário, mas extremamente raro em nossos intelectuais independentes.
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