Charlie e Paulie consideram-se da mesma família, apesar de serem apenas primos em quinto grau. Nenhum dos dois é cem por cento honesto, mas também não são ladrões profissionais. Vivem de pequenos golpes, no submundo dos restaurantes de bares nova-iorquinos.
Charlie, gerente de um restaurante de Greenwich Village, tem 35 anos e precisa de uma bolada para realizar seu sonho: abrir um restaurante na Nova Inglaterra. Enquanto isso, está na mira de dois agiotas e só faz perder dinheiro nas corridas de cavalo.
Paulie é um garçom baixinho _ um metro e sessenta _ que pensa alto. Muito consciencioso, chega até a dar gorjeta para os funcionários do pedágio. Ingressou no turfe como sócio de um puro-sangue _ ou "burro-sangue" como ele diz. Então, tem a idéia de fazer um assalto, coisa segura, que solucionaria todos os seus problemas para o resto da vida, e resolve chamar Charlie para participar da jogada.
O terceiro comparsa é Barney, um arrombador de cofres quase aposentado do Bronx. Ele tem um filho retardado e quer dar uma última tacada para assegurar o futuro do menino. Um assalto limpo, dividido entre os três, e o sonho de todos se realizará.
Quem sabe? Mas no fim, vêem-se incansavelmente procurados pela Máfia e pela polícia. Cada um tenta sobreviver à sua maneira.
Muito realista e ao mesmo tempo de um humor extraordinário, "O Papa de Greenwich Village" retrata a fala, a vida, o cheiro, o pavor e o humor de pessoas simples que lutam para subir na vida numa vizinhança que se orgulha de ter as próprias leis. Um retrato irônico do submundo de Nova York.
Ficção