O Paraíso é mesmo no Piauí: em meio a florestas e campos cortados por rios de água cristalina, grupos humanos conviveram com preguiças e tatus gigantes, protegendo-se em tocas onde pintaram cenas de seu cotidiano há milhares de anos.
Um dia chegou uma mulher decidida a conhecê-los melhor: Niède Guidon, hoje quase uma lenda, por sua persuasão e capacidade de vencer obstáculos para levar a pesquisa adiante.
Niède fez da região da Serra da Capivara o seu paraíso.
Hoje declarado Patrimônio Cultural da Humanidade pela Unesco, o primeiro Parque Nacional criado na caatinga abriga o maior tesouro em pinturas e gravuras rupestres do mundo.
A Fundação Museu do Homem Americano, criada por Niède há mais de 30 anos, promove pesquisas e projetos sociais que enriqueceram a ciência e a vida da população local como em nenhum outro projeto arqueológico.
O livro conta a saga dessa mulher extraordinária que provou a presença humana no interior do Piauí há pelo menos 60 mil anos. Queiram ou não muitos de seus colegas arqueólogos acima do Equador.