Graham Greene viajou ao México em 1938 para observar de perto a campanha antirreligiosa imposta pelo governo local e os efeitos desta prática sobre a população da província de Tabasco. Anos depois, viria a afirmar que sua conversão ao catolicismo se iniciara ali, ao testemunhar a fidelidade das pessoas à religião perseguida, e como isto o comoveu profundamente.
O poder e a glória é o relato ficcional que surge dessa experiência ― o livro foi publicado dois anos depois de sua viagem, e ganhou esta tradução para o português em 1953, pelas mãos de Mario Quintana. Uma narrativa sobre razão e fé, materialismo e espiritualismo; que provocou controvérsias com a Igreja Católica e é considerada a obra-prima de Greene.