Paris, 1949. Victor Kravchenko, um dos mais importantes dissidentes soviéticos, enfrenta os intelectuais comunistas franceses no que foi considerado "o julgamento do século". Vítima de uma campanha de difamação promovida pelos comunistas entrincheirados no jornal Les Lettres Françaises, Kravchenko foi à França provar as denúncias que fez no seu livro, o bestseller "Eu Escolhi a Liberdade".
O processo ultrapassou o campo da mera difamação para colocar o regime comunista no banco dos réus. Com audiências lotadas e grande cobertura da imprensa mundial, as testemunhas de Kravchenko falaram pela primeira vez sobre a fome na Ucrânia, sobre os expurgos políticos e, 15 anos antes de Soljenítsin, sobre o inferno dos gulag, os campos de concentração soviéticos. O caso acabou se tornando o preâmbulo do movimento anti-totalitário dos anos 70.
O processo se deu em meio a violentos debates e emocionantes depoimentos de vítimas do regime stalinista, narrados, neste livro, pela jovem escritora Nina Berberova a um jornal francês editado por emigrantes russos. O livro também virou documentário, em 2009, nas mãos do diretor Bernard George
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