Ao contrário do que muitas pessoas imaginam, "virtual" não é antônimo de "real" e muito menos sinônimo de "imaginário". Lévy explica o conceito sob aspectos filosóficos e antropológicos, além de reivindicar para o movimento atual de virtualização (em discussão principalmente devido ao fenômeno "Internet") uma visão menos catastrófica e mais otimista: "Cessemos de diabolizar o virtual (como se fosse o contrário do real!)"
Lévy mostra as diversas virtualizações que fizeram o "humano": a linguagem ("virtualização do presente"), a técnica ("virtualização da ação"), o contrato ("virtualização da violência"). O livro aborda mais profundamente outras virtualizações, tais como a virtualização do corpo, do texto e da economia. Dedica mais de um capítulo a virtualização da inteligência - tanto a inteligência coletiva quanto a pessoal e de como a virtualização predispõe a maneira de pensar do indivíduo e dos grupos .
Sem ser um texto "pesado", apesar de encerrar um estudo sério, muitas vezes difícil de ser acompanhado em algumas passagens, o livro é um ótimo presente para quem está interessado em brindar-se com aspectos teóricos sobre o que está ocorrendo no mundo atual sob a denominação genérica de "virtual".
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