As vidas de três crianças órfãs, duas indianas e uma etíope, se cruzam 30 anos depois em uma história que percorre três continentes. Em O rastro do sândalo, um lançamento da editora Nova Fronteira, as escritoras Asha Miró e Anna Soler-Pont, esta última a agente literária de Miró, e que faz sua primeira incursão como romancista, escrevem juntas a saga de Solomon, um menino da Etiópia que perde o pai para a guerra e é levado a Cuba por um acordo de ajuda entre estes países; Muna, uma menina hindu, forçada a trabalhar e a separar-se da irmã caçula; e Sita, outra menina da Índia cujo maior desejo é ter pais.
Narrado do ponto de vista dos protagonistas, o livro fala sobre a exploração infantil e as cicatrizes físicas e emocionais causadas pela guerra e pela miséria. No romance, as autoras levantam uma polêmica ao criticarem o modismo das adoções de crianças de países pobres uma frivolidade, segundo elas, leva o senso comum a determinar que elas serão mais felizes fora de seus países de origem, de sua cultura natal.