Flodoardo, avô de Rodrigo, é um grande contador de histórias, e suas memórias de encher os bolsos são sempre compartilhadas com o neto. Porém, com o tempo, elas começaram a fugir do passado para se misturarem ao presente, deixando Flodoardo perdido no tempo, e por vezes no espaço. Nessa relação de afeto, Celso Sisto tece uma história delicada sobre o amor entre neto e avô, e a difícil inversão de papéis que a velhice nos reserva. Há, ainda, na história, as limitações da perda da memória e a celebração da vida. E agora, é Rodrigo quem toma para si a tarefa de ser a memória auxiliar do avô e a tradução de sua melhor história.