Um sonho estranho leva o soberano de um país longíquo a refletir sobre a vida de seu reino. Há tempos percebia nos habitantes uma apatia, uma falta de esperanças e objetivos, que os transformava em escravos de coisas banais e supérfluas. Seria a ausência de uma religiosidade autêntica a causa da infelicidade do povo? Após ouvir os conselhos do Sábio e do Bufão - que havim tido sonhos semelhantes -, o Rei convoca um grande torneio, com a participação de representantes notáveis das principais tradições religiosas: muçulmana, judaica, cristã, budista e hindu. Para que a disputa fosse equânime, dela tomaria parte também um representante do ateísmo. A palavra final caberia a um júri constituído por delegados da população. Defendendo a ética, a tolêrancia e a fraternidade entre os povos, esta fábula sedutora e bem-humorada discute também, com clareza inigualável, as questões teológicas fundamentais e os princípios nos quais se baseiam as grandes religiões do mundo.