A primeira versão deste livro foi lançada em 1971 com o título A nova esquerda: a revolução antiindustrial, numa época em que a sociedade americana se desorientava em meio à violência organizada e ao passionalismo militante e niilista; uma época em que os campi universitários eram fechados à força por estudantes marginais que brandiam faixas de “liberdade de expressão”; uma época de psicodélicos, de “heróis” assassinos como Fidel e Ho Chi Minh — uma época de muitos ataques lançados em nome de uma causa que ninguém conseguia identificar. Ayn Rand foi quem lhe deu um nome.
Nos ensaios contidos neste livro, posteriormente editado e aumentado por Peter Schwartz, Rand identifica a essência ideológica daquela revolta: a nova esquerda, descendente dos filósofos do establishment e de suas doutrinas antiindividualistas e anticapitalistas, defendia sem cerimônias que não se tratava mais de tomar posse das indústrias pela revolução do proletariado, mas sim de renegar e destruir mesmo a tecnologia e a ordem geral da sociedade industrial moderna, causando um retorno a um estágio primitivo de ordenação social.
Rand apontava já naquela época que tanto os ambientalistas quanto os multiculturalistas desejam destruir os valores de uma era racional e industrial, ambos são rebentos da nova esquerda e ambos conduzem com o maior zelo suas campanhas de sacrifício do progresso ao primitivismo.
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