“Eu represento todos os pecados que você nunca teve coragem de cometer.” Dorian Gray é um jovem que possui uma beleza deslumbrante e, ao observar seu retrato feito por um pintor, fica obcecado pela própria imagem. Tamanha obsessão causa medo de que sua essência e juventude se percam com o passar dos anos. Então o rapaz deseja que seu retrato envelheça, mas que ele permaneça jovem para sempre. E o desejo de Dorian se torna realidade: ano após ano, apenas o retrato envelhece, acrescentando traços das vilezas de suas ações, enquanto ele mantém sua aparência intacta, sem apresentar qualquer sombra da passagem do tempo. Mas a troca de sua alma pela juventude começa a revelar um lado sombrio, e à medida que ele se entrega a todo tipo de vício e prazer, torna-se também mais cruel e egoísta, com consequências devastadoras. Na época em que foi publicado, o livro desafiou os códigos morais da sociedade vitoriana, que enfatizava a imagem pública e a busca por uma fachada de virtude. A representação do retrato como um espelho da alma, refletindo os efeitos dos atos de Dorian, acrescentou um elemento místico e de mistério à trama intrincada e à prosa brilhante de Wilde, que tornam a obra um clássico universal e atemporal.
Ficção / Literatura Estrangeira