O Século do Vento encerra a trilogia Memória do Fogo. Revive para o leitor a história densa e vibrante da América, sobretudo da América Latina de 1900 a 1984, contada com originalidade através de pequenas notas cronológicas, desde ocorridos em pequenas aldeias até nas grandes cidades. Forma-se um mosaico de luta e de opressão, de rebeldia sem fim. O livro mostra que, desde cedo, o imperialismo norte-americano dominou minas e plantações, organizou massacres e contra-revoluções, patrocinou golpes e ditadores-generais tão sanguinários quanto servis, em todos os recantos da América Latina. Homens como Zapata, Pancho Villa, Sandino, Farabundo Marti, Che Guevara, Fidel Castro e outros protagonizaram movimentos em que camponeses, índios, proletários e intelectuais insurgiram-se, revolucionários, contra as garras que asfixiavam a liberdade e os direitos do povo.
Mas a América também é retratada pelo seu lado de emoção e sonho na arte de Diego Rivera e Orozco, na música de Gardel, Louis Armstrong e Chico Buarque, nas palavras inconformadas de Garcia Marques, John Reed e Pablo Neruda, na ousadia da vida de Isadora Duncan, Evita Perón e Olga Benário.
Eduardo Galeano, jornalista e escritor uruguaio, misturou história, documento e poesia em O Século do Vento. O resultado só pode apaixonar aqueles que buscam identificar-se com a tragédia e a grandeza que envolvem povos e nações latino-americanas.
História