No livro, o autor desenvolve questões conceituais em torno do filme, conta a revelação artística de Bergman aos 22 anos e passagens de sua vida profissional, mencionando traços marcantes da personalidade do diretor. Boemia, paixões arrasadoras, depressões, obsessão pela arte e úlceras reais e imaginárias desde a juventude compõem um retrato singular e comovente de um gênio do cinema. Em entrevista a Bragg, no ano de 1978, Bergman revelou-lhe que desde que viu seu primeiro filme, aos seis anos, ficou completamente apaixonado. E quando o irmão, no Natal, ganhou um projetor de presente, o pequeno Ingmar comprou imediatamente a máquina, pagando com sua coleção de soldados de chumbo. "Dei-lhe todo o exército", conta ele.