Rock e arquitetura desconstrutiva, ficção científica e realidade virtual, drogas e look, cyberpunk e splatterpunk, instalações artísticas e metaliteratura, performances desportivas e teatrais fazem parte de uma mesma cultura, cuja chave de acesso é constituída pela experiência do ser humano enquanto coisa que sente. Anuncia-se assim a passagem de uma sensualidade orgânica, orgástica, fundada na diferença dos sexos, conduzida pelo desejo e pelo prazer, para uma sexualidade neutra, inorgânica, artificial, suspensa numa excitação abstrata e infinita, sempre disponível e isenta de temores em relação à beleza, à idade e às formas em geral.