Petra Delicado. Quarenta e tantos anos. Solitária, mas não mais. Um pouco mandona. De humor ácido. Inspetora da Polícia Nacional, residindo em Barcelona. Está no terceiro casamento e agora é madrasta de quatro crianças (por obra e graça de seu atual marido). Gosta de beber uísque quando o trabalho lhe permite e empanturrar-se de comidas recheadas de colesterol, na companhia de seu inseparável assistente, Fermín Garzón. Mas, quando se trata de perseguir criminosos, pode ficar dias sem comer. Em O silêncio dos claustros, Petra passará alguns dias em jejum ou na companhia de um bom scotch. Um frade, especialista em arte, é assassinado enquanto trabalha na restauração de um corpo incorrupto exibido, na capela de um convento em Barcelona, o Mosteiro de Poblet. Neste caso, o mais surpreendente é que a tal múmia sagrada desapareceu. Petra e seu assistente Fermín Garzón, após a perplexidade inicial diante do que parece ser obra de um fanático religioso, passam a investigar terrenos históricos que lhes são bem pouco familiares. De surpresa em surpresa até a inesperada solução do caso, a incursão de Petra Delicado nos domínios do silêncio nos leva a refletir sobre o que, muitas vezes, acontece perto de nós sem que possamos suspeitar. Um mergulho absoluto de Alicia Giménez Bartlett nas profundezas sombrias da alma humana.