EDIÇÃO BILÍNGÜE (grego/português). A L&PM Editores apresenta aos leitores de língua portuguesa uma novíssima tradução da Odisséia. Donaldo Schüler, um dos maiores helenistas brasileiros, traduziu diretamente do grego esta que pode ser considerada a obra isolada mais importante da literatura ocidental. Em formato pocket, a edição bilíngüe se apresenta em três volumes: Telemaquia (cantos I a IV), Regresso (cantos V a XII) e Ítaca, completando os 24 cantos do poema. Surgida no século IX a.C., a Odisséia pode ser considerada a obra isolada mais importante da literatura ocidental. Mãe, com a Ilíada, de todas as narrativas, fundadora da arte de contar histórias, inventora do herói errante, na sua riqueza beberam os mais renomados narradores. Trata-se da história de Odisseu (o nome grego de Ulisses) após a sua participação na Guerra de Tróia e as peripécias por que passou ao voltar para casa, em Ítaca. Nesta terceira e última parte da epopéia (cantos XIII a XXIV), Odisseu parte da corte do rei Alcínoo, em Esquéria, e, com o auxílio de Palas Atena, chega a Ítaca. Agora ele terá de derrotar os pretendentes que o crêem morto e que cobiçam Penélope – sua mulher – e seus bens. Homero, a quem se atribui a Ilíada e a Odisséia, teria nascido perto de Esmirna, no século IX a.C. Ele teria dirigido uma escola de retórica e em seguida viajado por todo o mundo mediterrâneo. Seu falecimento teria ocorrido na ilha de Ios. Atribuiu-se ao poeta os Hinos homéricos, composições épicas dirigidas aos deuses, e a Batracomiomaquia, paródia burlesca da Ilíada e de outras obras perdidas. A questão homérica, uma das maiores discussões literárias do fim do século XVII, pôs em dúvida a existência de um único poeta para as duas epopéias ou mesmo para cada uma delas, indo até a idéia de “obras anônimas da criatividade popular". Os progressos arqueológicos, históricos e lingüísticos do fim do século XIX permitiram rejeitar a tese de que a Ilíada e a Odisséia fossem fruto apenas da criação popular do gênio grego, e hoje se vê reforçada a idéia de que Homero partiu de elementos da tradição oral, organizando-os, dando-lhes forma final e complexificando as estratégias narrativas.
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